Uma projeção feita pela ONU (Organização das Nações Unidas) aponta que no mês de outubro, provavelmente no dia 31, o mundo passará a ter sete bilhões de habitantes, o que promete aprofundar os desafios sociais e ambientais do planeta.
A pesquisa da ONU foi publicada no jornal Science, em um estudo que mostra que avanços médicos e uma saúde melhor permitiram que a expectativa de vida da população mundial aumentasse. Além disso, alguns países, como a Índia, têm uma taxa de natalidade elevada.
A ONU acredita que, diante das taxas de natalidade dos países em desenvolvimento, são eles os responsáveis por ter promovido a elevação da população mundial em um bilhão de pessoas em apenas doze anos, já que em 1999, o mundo somava seus seis bilhões de habitantes.
Segundo o estudo, a primeira vez que o planeta registrou um bilhão de pessoas foi em torno de 1800. Para chegar a dois bilhões de pessoas, o mundo precisou de mais 125 anos. Mas, apenas nos últimos 50 anos, a população mundial passou de três para sete bilhões.
A expansão continuará e ocorrerá nos países mais pobres. Até 2050, estima-se que o mundo terá 9,3 bilhões de pessoas, das quais 97% do crescimento ocorrerá nas regiões mais pobres.
O líder do estudo, o economista David Bloom, afirma que o maior crescimento foi na década de 60 e 70 e que agora as áreas mais frágeis do planeta estão crescendo. Para ele, a questão da pobreza e desigualdade que virão com o aumento da população nessas áreas promete desestabilizar regiões inteiras.
Com esse crescimento, alguns desafios atingem a população. Um deles é a diminuição de gás carbônico e a poluição cada vez maior. Na avaliação do diretor do Programa Mundial da ONU para o Meio Ambiente, Achim Steiner, não há outra solução senão a mudança de padrão de consumo e da base tecnológica, criando um mundo verde.
Outro desafio é o dos alimentos. Com a expansão demográfica e maior renda, a população mundial exigirá uma produção de alimentos 75% superior até 2050, o que exigirá investimentos importantes e a constatação por parte de governos de que os preços de alimentos continuarão elevados.
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