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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

DO PORTAL IG - RESERVAS EXTERNAS CHEGARÃO A US$ 300 BILHÕES, DIZEM ECONOMISTAS

Atuação do governo para tentar evitar uma valorização ainda maior do real contribui para acumulação de capital

Aline Cury Zampieri, iG São Paulo
29/09/2010

O sucesso da maior capitalização do mundo, a oferta de ações da Petrobras, contribuirá para que as reservas internacionais atinjam brevemente a cifra dos US$ 300 bilhões, elevando a posição do Brasil na classificação mundial de detentores de moedas estrangeiras.

O relatório do Banco Central (BC) mostra que as reservas internacionais do Brasil subiram nada menos que US$ 12 bilhões em setembro, para US$ 273,8 bilhões na segunda-feira, o dado mais recente disponível.

“Acredito que as reservas cheguem em breve a US$ 300 bilhões”, diz Cristiano Souza, economista do grupo Santander Brasil. Quando atingir esse patamar, a reserva internacional brasileira será a sétima maior do mundo, atrás de China (US$ 2,4 trilhões), Japão (US$ 1 trilhão), Zona do Euro (US$ 715 bilhões), Rússia (US$ 461 bilhões), Arábia Saudita (US$ 410 bilhões) e Taiwan (US$ 372 bilhões). O Brasil superaria a Índia (US$ 287 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 286 bilhões).

A acumulação de reservas está relacionada à entrada de capital estrangeiro para a compra de ações da Petrobras. “O BC prometeu comprar esses recursos adicionais”, diz Souza, do Santander.

Economistas dizem que, apesar de a liquidação da oferta estar marcada para esta quarta-feira, o mercado já vinha registrando ingresso de dólares acima da média nas últimas duas semanas.

“Muitos investidores entraram antes no Brasil em investimentos de renda fixa, para depois trocar pelas ações da Petrobras”, diz Arthur Carvalho, economista-chefe da Ativa Corretora. Em suas contas, US$ 10 bilhões adicionais relativos à Petrobras vão para a conta de capital do País. O volume representa um excedente de 20% em relação à conta do mês.

O economista conta que, para fazer frente a essa entrada de peso, o governo atuou fortemente para tentar diluir esse efeito. “O volume de compras de reservas internacionais do BC subiu absurdamente nas últimas semanas”, diz Carvalho.

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